sábado, 2 de agosto de 2014

Malhas para bebés ... e boa companhia!

 Estive entretida a ver fotos da minha gatinha, a Myrsa. Claro que lembrei dos 14 anos que passámos juntas, de como no dia em que ma deram me deixou cheia de chichi e nessa mesma noite quis dormir sobre a minha cabeça... Decerto o meu cabelo era o que mais se aproximava da textura do pêlo da sua mãe, uma gata persa.
A propósito, a Myrsa foi batizada por uma pessoa de nacionalidade grega, significando o seu nome "coisa fofa" segundo me disse a "madrinha" porque de grego não entendo nada.
Foi sempre uma gata muito especial. Ainda bebé, estando eu a tratar do que fosse em pé, subia por mim acima (como se fosse uma parede de escalada!) até se aninhar no meu ombro. Mais tarde passou a saltar do chão diretamente para o meu ombro ou das pessoas com quem tinha maior proximidade. Era algo lindo de se ver. Para além desta característica tinha uma muito estranha para gato: bastava chamá-la para que andasse tempos infinitos atrás de mim sem nenhuma finalidade, apenas seguir a sua "mamã" como se de um cão se tratasse. As minhas roupinhas de bebé, novelos e outras peças de roupa tinham de estar sempre bem guardadas longe do seu alcance, isto porque, uma vez ouvi uma enorme gritaria da Myrsa na sala de estar e quando me dou conta estava já a chegar ao quarto e trazia na boca um casaco de bebé que acabara de fazer. Achei piada, agradeci-lhe que ma tivesse trazido e fiz-lhe uma festa. A partir deste dia nada que se parecesse com lanifícios (mantas, camisolas, meias, novelos) podia ser deixado ao seu alcance porque ela dava conta e lá vinha com algo na boca e em grande algazarra para mostrar que tinha um "presente"...
Tanto há a dizer da Myrsa, a saudosa Myrsa...


A Myrsa à janela numa pequena quinta onde passávamos férias
Na mesma quinta teve de ser secada porque choveu repentinamente e ficou toda encharcada


Tinha acabado de saltar para o ombro e ai se deixou ficar...
A Myrsa resolveu subir pelas escadas para cima de uma enorme nogueira que estava a ser varejada


Teve de ser "salva" porque miava desesperadamente por não conseguir descer...






A Myrsa, já muito doente, uma semana antes de falecer


No pinhal de Leiria já muito doente